SEGUINDO, APESAR DA DOR - Parte 10

Seguindo, apesar da dor – Parte 10

UMA VISÃO OBJETIVA DA REALIDADE -1

- “quando eu vejo( ou estou) com ele (problema ou pessoa) simplesmente não consigo me controlar”;
- “Pau que nasce torto morre torto”;..... - “o que não tem remédio remediado está”;
- “O que não tem remédio...”, isto é, “Diante de alguns problemas a saída é se acomodar ou fugir”.
Diante dos problemas muitos de nós adotamos como postura, ou respostas, ditos populares ou visões pessoais que nos afastam da realidade. Ao enfrentar nossos problemas buscando soluções precisamos ter uma visão real dos fatos e das pessoas; precisamos olhar para nossa vida honestamente, sem fugas, ilusões ou sonhos. Precisamos viver de modo a responsabilizar-nos por nossos sentimentos e atos. A partir das expressões apresentadas, gostaria de pensar um pouco sobre nossa postura diante dos problemas ou de nossos conflitos de relacionamento, e de modo breve, sugerir como primeiro passo para enfrentarmos as coisas ruins que acontecem conosco, uma visão objetiva da realidade. Se não vemos os conflitos e problemas objetivamente, não vemos a realidade, logo não trataremos da origem dos problemas. Não é isto que a Bíblia nos recomenda, pois quando Jonas quis fugir Deus o trouxe( Jn 2 e 4).

Quando Elias fugiu de Jezabel Deus foi ao seu encontro o fez ver as coisas objetivamente (1 Rs 19).

Que posturas ou visões podem ser sugeridas para esta objetividade?

1)Devo ter fé e atitudes positivas diante dos problemas - O sofrimento e os problemas são invitáveis, mas se entregar, aceitar a miséria ou ser infeliz é uma opção. “Não vos inquieteis por coisa alguma; antes vossas petições sejam conhecidas diante de Deus...e a paz de Deus, que excede a todo entendimento guardará os vossos corações e os vossos sentimentos...Fp 4.6,7.

2) Minhas decisões podem afetar as atitudes – Não podemos controlar pessoas e situações, mas posso decidir viver de maneira que tome a direção de minha vida e ou ambiente. Uma mulher tem seu marido desempregado e diz, perdemos a TV a cabo, mas foi bom pois passamos a conversar mais. Outro, estando desempregado, pode dizer perdemos a TV a cabo, chegamos no fundo do poço, vamos perder tudo. Se decido agir vendo a mão de Deus e ajo positivamente, certamente o resultado será outro. Como vemos no encontro de José, governador do Egito, e seus irmãos, hebreus retirantes (Gn 45.1 a 9).

3) Não podemos mudar as pessoas, mas podemos influenciá-las – O ser humano é relacional, logo é influenciável pela atitude de outros. Atitudes e palavras adequadas, apaziguadoras, sensatas podem gerar respostas de mesmo padrão e valorizar o outro. Por a outro lado, dizer não ou adotar uma postura de limites pode informar nosso valor e decisão de não aceitar o conflito ou domínio do outro, bem como pode levar a todos assumirem suas parcelas de responsabilidades. Só não devemos confundir influenciar com manipular, pois devemos influenciar para que haja crescimento e não para que haja domínio.

A fé na providência e soberania divina, e a forma que sinto e penso são essenciais para as minha visão e atitudes diante dos problemas e conflitos, pois podem me dar objetividade e me levar a atitudes adequadas. Por isso precisamos recusar como verdadeiras os ditos populares. E não deixar nossas emoções e subjetividade conduzam nossas ações. Devemos olhar para as circunstâncias e conflitos não só como um problema mas também como uma oportunidade para crescer (Tg1.2a4), e por isso mesmo exige de nós dependência e objetividade.