LIDANDO COM OS CONFLITOS FAMILIARES E CONJUGAIS - Lição 12

LIDANDO COM O VÍCIO - LIÇÃO 12 - Ec 9.2; Pv.31,32

O vício é a substituição do relacionamento pela obsessão ou compulsividade incontrolável. O dicionário conceitua vício como uma conduta ou costume de desregramento; algo que torna uma pessoa ou coisa inadequada ou censurável.
A dependência química ou emocional é cruel e não faz distinção de pessoas. Isto é, todos e todas as famílias estão sujeitas a enfrentar o vício. As dependências químicas mais comuns são o álcool e as drogas. E a emocional é o jogo e o sexo ou pornografia. Os dois grupos de dependência ou compulsividade são destrutivas. Por quê? Porque o viciado vive num mundo egocêntrico e fora de seu controle. O vício faz com que a pessoa viva centrada em si, em sua necessidade e/ou compulsividade, assim, este comportamento desconsidera completamente os outros e outras coisas que não a satisfação de seu vício.
As características ou comportamentos destrutivos do vício, em regra, são: a) desonestidade – pela busca de esconder o vício; b) falta de sensibilidade com as necessidades dos outros – sua prioridade é o vício; c) a negligência e o abuso físico ou emocional – a pessoa está sob domínio do vício; d) falta de cuidado consigo – deixa de lado o asseio corporal e outros cuidados, isto pode gerar piedade, nojo ou raiva; e) caso de infidelidade ou vulgaridade sexual. Estes são algumas condutas que geralmente ocorrem, mas outras podem surgir.
Muitas são as causas do vícios. Podem surgir pela pré-disposição física; pela falha de caráter; pela falta de limites; pela fraqueza emocional etc O conhecido Gráfico de Bob que traça a trajetória da entrada a saída do vício ( em particular das drogas) declara que em geral o vício surgi pela curiosidade, status ou por identificação com um grupo; ou para esconder uma dor, frustração(impotência) ou timidez etc). A partir dessas circunstâncias, aliadas aos fatores que citamos, é que se constrói o vício.
Com a descoberta do vício, em regra, primeiro dá-se a negação, de ambos- o viciado e o familiar ou cônjuge. Depois para o familiar aparece o sentimento de desesperança, e com o tempo os sentimentos de amor e carinho podem se transformar em pena, raiva e descrença. E para o viciado dá-se o sentimento de auto-confiança e controle: “posso parar quando quiser”. Por isso todos os especialistas são unânimes em dizer que o dependente e o co-dependente familiar devem procurar ajuda. Se o dependente não aceitar ajuda ou não quiser se tratar, o familiar deve busca-la sozinho, pois o vício traz muita dor, bem como é preciso cuidar-se para suportar a caminhada, por vezes, longa e difícil da lida contra o vício ou compulsividade. Por isso esta circunstância requer a intervenção profissional, de programas psicopedagógicos e de aconselhamento. O vício atinge a todos tanto física e emocional, quanto espiritualmente.
A ajuda externa é necessária porque o problema envolve comportamento, e portanto requer a determinação de todos de exigir responsabilidade, consciência, perseverança e vigilância - deve-se evitar a facilitação concreta ou emocional; a concreta pelo afastamento das pessoas, lugares ou circunstâncias, e a emocional pela falta de limites e regras. Todas estas atitudes exigem orientação correta e apoio. As vezes é necessário por a pessoas para viver em outro lugar ou sair de casa, isto é muito difícil e doloroso, requerendo assim a ajuda externa.
O Dr Gary Chapman, em “Soluções do Amor” declara que os programas mais eficazes são os que: a) determinam abstinência total; b) ocorrem em ambiente isolado; c) que oferece cuidados médicos e/ou psicológicos; d) tem sessões educativas de orientação com aos efeitos do vício e da necessária mudança de comportamento; e) que envolve a família no tratamento; f) encaminha o recuperado a um grupo de apoio.
Chapman, o método de 12 passos e outros especialistas estabelecem um tripé para a recuperação, para sucesso dos programas, que são: a) Decisão - o desejo de se recuperar é o ato principal, a mola propulsora do tratamento; b) A abstinência – por ser o vício um caso de progressão de dependência, só o afastamento pode interromper e levar a consciência dos efeitos; c) A Espiritualidade – que inclui tanto as questões emocionais quanto espirituais – por ser um grave desvio de comportamento, este precisa ser tratado e curado. Temos que ter consciência que só Deus é capaz de operar uma verdadeira transformação em nós ( Rm 7.18 a 25 e Jo 8.31 a 36). O problema é que é comum o viciado só acordar diante da dor, isto é, quando a situação já está difícil ou insuportável não só para ele, mas, também, a muito tempo, para a família.
Um fato muito importante para a sobrevivência da família e para o tratamento do dependente é o amor severo, isto é, a atitude amoroso porém disciplinadora e limitadora para o comportamento do viciado – Hb 12.4-13. Daí a observação de que devemos atacar a conduta e não a pessoa, e de que ela não está agindo normalmente mas sob ação do vício ou da compulsividade ( a não ser que seja falha de caráter). Outra observação é que a dependência é uma escolha pessoal, por isso não deve trazer aos membros da família o sentimento de culpa. Nunca perca a esperança - Mt 9.10-13;
Por fim devemos entender que todos sofrem, mas todos não precisam ser co-dependentes. É importante não desistir do viciado, mas se este optar pela conduta, pro qualquer que seja o motivo, a vida para os demais membros da família deve continuar. Logo se necessário deve se buscar a proteção da família, o problema é que, infelizmente, para isto é necessário o afastamento do viciado do convívio diário ou comum da família e de impor-lhe limites e exigir respeito.
Sugestão de filme: Quando um homem ama uma mulher; e/ou “28 Dias” com Sandra Bulock, ou “Kids”.

A paz de Cristo Jesus, nosso Salvador e a sustentação do Espírito Santo, nosso consolador seja com você.
Pr Alex Carneiro
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