LIDANDO COM OS CONFLITOS FAMILIARES E CONJUGAIS - Lição 6

UMA VISÃO OBJETIVA DA REALIDADE - LIÇÃO 6 - João 16.33

- “quando eu vejo(ou estou) com ele (problema ou pessoa) simplesmente não consigo me controlar”;
- “Pau que nasce torto morre torto”;..... - “o que não tem remédio remediado está”;
- “O que não tem remédio...”, isto é, “Diante de alguns problemas a saída é se acomodar ou fugir”.

Diante dos problemas muitos de nós adotamos como postura, ou respostas, ditos populares ou visões pessoais que nos afastam da realidade. Ao enfrentar nossos problemas buscando soluções precisamos ter uma visão real dos fatos e das pessoas; precisamos olhar para nossa vida honestamente, sem fugas, ilusões ou sonhos. Precisamos viver de modo a responsabilizar-nos por nossos sentimentos e atos. A partir das expressões apresentadas, gostaria de pensar um pouco sobre nossa postura diante dos problemas ou de nossos conflitos de relacionamento, e de modo breve, sugerir como primeiro passo para enfrentarmos as coisas ruins que acontecem conosco, uma visão objetiva da realidade. Se não vemos os conflitos e problemas objetivamente, não vemos a realidade, logo não trataremos da origem dos problemas. Não é isto que a Bíblia nos recomenda, pois quando Jonas quis fugir Deus o trouxe( Jn 2 e 4). Quando Elias fugiu de Jezabel Deus foi ao seu encontro é o fez ver as coisas objetivamente ( 1 Rs 19).

Por isso precisamos tratar das visões segundo as expressões acima. Primeiro, a expressão “quando eu vejo( ou estou) com ele (problema ou pessoa) simplesmente não consigo me controlar”, isto é, não sei porque faço isso, ou digo isso, significa que vivo com meus sentimentos e ações condicionados pelas circunstâncias ou pelo outro. Em regra o sentimentos que temos é de sem ação, sem condições de reagir, sem esperança. O importante é sabermos que o ambiente e as pessoas podem nos influenciar, porém não devem ditar nossas reações e/ou vidas.

A segunda: “Pau que nasce torto morre torto”;...“o que não tem remédio remediado está”; nós coloca diante da perspectiva que tudo é inútil pois as circunstâncias ou pessoas não mudam, ou pior, eu não sou capaz de mudar. Ficamos tão cansados que não conseguimos ver luz no fim do túnel. Jacó, Nabucodonozor, Pedro, Tiago e Onésimo (da carta de Filemon), e centenas de biografias, como Confissões, de Agostinho, são exemplos que as pessoas e circunstâncias podem mudar. Em Cristo, nós somos exemplo disto. Logo, precisamos olhar para realidade com perspectiva que há respostas ou saídas para nós, ainda que as vezes não seja a que esperávamos ou queríamos.

“O que não tem remédio...”, isto é, “as vezes a saída é se acomodar ou fugir(se esconder). Esta visão ou postura é inadequada porque pode nos limitar. É fato que há problemas que exigem aceitação, porém aceitar a realidade imutável não é deve gerar acomodação ou fuga. A expressão “a minha situação não tem jeito”, em regra, é a resposta de quem está sem esperança, a um passo da depressão ou do desespero.

Buscar uma visão objetiva da realidade é recusar como verdadeiras as expressões acima ou os ditos populares. É não deixar que, simplesmente, nossas emoções ou achismos conduzam nossas ações, ou seja, é não olhar para as circunstâncias e conflitos subjetivamente, apenas com nossas expectativas(que podem ser falsas ) ou com nossas emoções. Elias não estava só, pois mandou seu moço embora e ignorou a conversa que teve com (1Rs 18.13 e 14), no entanto por medo e pela dor de enfrentar os problemas pediu a morte, e depois declarou a Deus (1Rs 19. 10e14), “eu fiquei só”.

O que fazer então? Que posturas ou visões podem ser sugeridas para esta objetividade?
1) Devo ter fé e atitudes positivas diante dos problemas - O sofrimento e os problemas são invitáveis, mas se entregar, aceitar a miséria ou ser infeliz é uma opção. “Não vos inquieteis por coisa alguma; antes vossas petições sejam conhecidas diante de Deus...e a paz de Deus, que excede a todo entendimento guardará os vossos corações e os vossos sentimentos...Fp 4.6,7.

2) Minhas decisões podem afetar as atitudes – Não podemos controlar pessoas e situações, mas posso decidir viver de maneira que tome a direção de minha vida e ou ambiente. Uma mulher tem seu marido desempregado e diz, perdemos a TV a cabo, mas foi bom pois passamos a conversar mais. Outro, estando desempregado, pode dizer perdemos a TV a cabo, chegamos no fundo do poço, vamos perder tudo. Se decido agir vendo a mão de Deus e ajo positivamente, certamente o resultado será outro. Como vemos no encontro de José, governador do Egito, e seus irmãos, hebreus retirantes (Gn 45.1 a 9).

3) Não podemos mudar as pessoas, mas podemos influenciá-las – O ser humano é relacional, logo é influenciável pela atitude de outros. Atitudes e palavras adequadas, apaziguadoras, sensatas podem gerar respostas de mesmo padrão e valorizar o outro. Por a outro lado, dizer não ou adotar uma postura de limites pode informar nosso valor e decisão de não aceitar o conflito ou domínio do outro, bem como pode levar a todos assumirem suas parcelas de responsabilidades. Só não devemos confundir influenciar com manipular, pois devemos influenciar para que haja crescimento e não para que haja domínio.

4) As emoções não devem controlar nossos atos – O atos é que devem refletir boas sensações. Somos seres de emoções e que absorvemos parte delas pelos sentidos, contudo nossas sensações e emoções devem ser dirigidas por nossos pensamentos e decisões. Se vemos uma pilha de louça ou roupa suja em casa, podemos pensar que nosso cônjuge ou filhos são relapsos, ou podemos decidir pensar que eles não tiveram tempo, ou que já fizeram muito por nós, e seria bom demonstrar carinho e lavá-las. Façais aos outros o que gostariam que vos façam, são as palavras de Jesus. O fato é que nossos atos são mais fortes e importantes que nossas emoções. Se arrepender e deixar é muito mais forte e significativo que chorar de arrependimento. E assim nossas atitudes podem atingir as emoções e mente do outro positivamente. Portanto, as emoções não devem controlar nossos atos; mas os atos é que devem refletir boas sensações.

5) Devemos admitir nossas imperfeições, e entender que isso não nos torna um fracasso – admitir falhas e imperfeições não é assumir toda a responsabilidade pelos problemas, mas é conscientizar-nos de nossas limitações. É entender que não podemos exigir excessivamente de nós nem dos outros, não há relacionamentos perfeitos, mas há relacionamentos saudáveis. Admitir nossas imperfeições é não nos desculparmos pelas atitudes dos outros.
6) Há poder no amor – quando dermos amor aos que precisam teremos o potencial de restaurar nossos relacionamentos. Mas isto é uma lição a parte.

O QUE ISTO NOS ENSINA?
A fé na providência e soberania divina, e a forma que sinto e penso são essenciais para a minha visão e atitudes diante dos problemas e conflitos, pois podem me dar objetividade e me levar a atitudes adequadas. Por isso precisamos recusar como verdadeiras os ditos populares. E não deixar nossas emoções e subjetividade conduzam nossas ações. Devemos olhar para as circunstâncias e conflitos não só como um problema mas também como uma oportunidade para crescer (Tg1.2a4), e por isso mesmo exige de nós dependência e objetividade.
Assim se houver ainda medos e dúvidas, creia na graça de Deus e de Seu cuidado (caso de Elias) e peça a “Deus sabedoria, que as todos dá... peça porém com fé”.
Não viva apenas dentro de suas expectativas(que podem ser falsas) ou dirigido por suas emoções, podemos ver os problemas e agir diante dos conflitos de modo inadequado, agravando, ao invés de amenizar ou solucionar nossos sofrimentos.

A paz de Cristo Jesus, nosso Salvador e a sustentação do Espírito Santo, nosso consolador seja com você.
Pr Alex Carneiro
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