A QUEDA DO HOMEM E OS ELEMENTOS DA SOTEROLOGIA - Parte 2

1.2 A QUEDA E Os PACTOs DE DEUS

A distância entre Deus e o homem se tornou um abismo, e este não seria capaz de lhe obedecer ou exarar alguma coisa boa senão pela voluntária condescendência por parte de Deus, o que foi operado através do pacto de Deus. O primeiro pacto de Deus foi o pacto das obras, no qual o Senhor prometeu vida a Adão e sua descendência sob a condição de perfeita e pessoal obediência. ( Is 40.13-17, Jó 22.2,3). A queda do homem o incapacitou de ter vida pelo pacto das obras, então aprouve a Deus um segundo fazer um pacto, o pacto da graça; por meio do qual Deus gratuitamente oferece aos pecadores vida e salvação mediante Jesus Cristo, requerendo fé nele para a salvação, e com isto promete Deus dar o Espírito Santo a todos quantos são ordenados para a vida, a fim de dispô-los a crer e habitá-los.
Este pacto de salvação, no tempo da lei, no V.T. foi apresentado por promessas, profecias, sacrifícios, circuncisão e páscoa. Tudo como um tipo do Cristo que viria, e que no V.T. foi suficiente e eficaz, através do Espírito Santo, para instruir o eleitos na fé no Messias. No N.T. Cristo foi encarnado e apresentado, e assim este pacto é ministrado são a pregação da Palavra e a administração dos sacramentos do batismo e santa ceia. Assim temos o Velho e o Novo Testamento como os pactos da graça de Deus antes e depois de Cristo. Assim há um só pacto de graça salvívica operado em dois momentos distintos, como forma de reconciliação e restauração da relação do homem com Deus. ( 2 Co 3.6-9; Hb 8,9,10, Gl 3.7-9,14).

1.3 A TRINDADE NA SALVAÇÃO

Como já dito na introdução, a soterologia é um conjunto de outras doutrinas, que se interligam,. analogicamente, pode se dizer que são linhas paralelas com mesma direção e sentido. Tem como objeto o estudo do Plano da Salvação, elaborado por Deus, cumprido pelo Filho e aplicado pelo Espírito Santo.
Como Trindade queremos significar que há uma uma substância divina de três distinções pessoais eternas, ou seja uma essência trina. É um mistério, pórem revelado, “e que explica muitos outros que esclarece Deus, a natureza e o homem” (Flint- in Clarence, 1999, p.87).
O VT indica tal multiplicidade trina pelo expressão “ELOHIM” (Gn 1: 1-26; 48: 16-16) e por muitas outras formas de tratamento e de teofanias. O NT apresenta com clareza tal distinção, por alusões gerais ( MT 3:16-17 ; Jo 14: 16-17, I Co 12:4-6 ; I Pe 1:2 e 3:18) e específicas ( Rm1:7 ; Mt 22: 41-46 ; Hb 1:10 ; Ef 4:7-8 ).
Mister se faz realçar três aspectos importantes: primeiro a tripersonalidade de Deus não conflita com sua unidade; segundo, essas distinções são mistérios eternos; terceiro, os três são iguais, e este fato não exclui a organização da trindade e sua atuação intrínseca e extrínseca em relação a si e com a criação.
Por tudo isto temos que saber que o Plano da Salvação é ato uno-trino, onde cada pessoa da Trindade se dispôs em sua deidade a fazer sua obra específica para salvar o homem, obras estas que passamos a tratar no ponto seguinte.
Desta feita o Deus Trino preparou um plano soterológico, o qual será esclarecido, com seus elementos, no próximo estudo.
Deus o abençoe Pr. Alex R. Carneiro